Durante o mais frio dos invernos dos últimos anos, Kervok decidiu que era hora de conquistar novos mundos. Saiu do oeste para o leste, em direção ao continente de Gwahlur. Guerrreiros, mercenários e bardos traziam a todo instante notícias sobre o avanço das hordas de Kervok. O Rei Rurik tentou aliar-se aos reinos vizinhos a fim de combater o mal que começa a se vislumbrar no horizonte de Arton, mas o Rei Cyrnik, que tinha outros planos, impediu essa coalisão. O soberano do reino de Khubar pretendia assumir o comando de todos os reinos, e via nesta guerra que se aproximava, uma oportunidade ideal para tanto. As estações passaram e no outono, as hordas de Kervok finalmente chegaram. Foi uma guerra sangrenta que durou 10 meses. O Rei Cyrnik percebendo que a balança da guerra pendia para o lado do mal, aliou-se a Kervok, e a partir daí começou um reinado de tirania e miséria nos reinos de Gwahlur. Somente Arton ainda resistia, mesmo que tenuemente, ao flagelo do terror. O Rei Rurik lutava bravamente, mas começava a perceber que era uma guerra perdida. A Rainha Etienne estava grávida de 7 meses. Secretamente, o Rei mandou a Rainha para a floresta aos cuidados de seu melhor amigo e conselheiro Aryas. Rurik foi morto por Cyrnik, que finalmente conquistara o reino de Arton. Etienne foi dada como morta durante a batalha, pois ninguém sabia do estratagema do Rei Rurik. Cyrnik então apossou-se de Arton e Khubar, mas respondia os seus atos a Kervok, o soberano supremo do mal.
Ao dar a luz a Princesa, a Rainha Etienne morreu. Aryas deu a Princesa o nome de Tathyenne. Aryas era viúvo e não tinha filhos. Era um grande guerreiro. Manuseava como poucos espadas, adagas e machados. A Princesa cresceu acreditando ser filha dele. Aryas foi morto num ataque a sua casa, comandado por Baltur, general de Cyrnik. Tathyenne tinha 12 anos e estava na floresta aprendendo a caçar quando Aryas morreu. Ao voltar, tudo o que viu foi sangue e destruição. Desesperada, embrenhou-se na floresta e escondeu-se. Ficou lá, faminta e sozinha por 5 dias. Quando estava fraca demais para sequer abrir os olhos, foi encontrada por um elfo caçador. O caçador a levou para a cidade dos elfos que ficava em cima de uma grande montanha. Lá aperfeiçou sua perícia com armas e aprendeu a manejar arco e flecha, habilidade na qual os elfos são mestres. Além disso aprendeu a usar o poder das plantas, tanto para curar como para criar feitiços e venenos. Durante 7 anos ficou na cidade dos elfos, onde percebeu que tinha alguma facilidade com a magia. Ficou conhecida entre os elfos como Maryell. Decidiu então, que era hora de partir e procurar o assassino de seu pai.