segunda-feira, 24 de maio de 2010

Origem

Durante o mais frio dos invernos dos últimos anos, Kervok decidiu que era hora de conquistar novos mundos. Saiu do oeste para o leste, em direção ao continente de Gwahlur. Guerrreiros, mercenários e bardos traziam a todo instante notícias sobre o avanço das hordas de Kervok. O Rei Rurik tentou aliar-se aos reinos vizinhos a fim de combater o mal que começa a se vislumbrar no horizonte de Arton, mas o Rei Cyrnik, que tinha outros planos, impediu essa coalisão. O soberano do reino de Khubar pretendia assumir o comando de todos os reinos, e via nesta guerra que se aproximava, uma oportunidade ideal para tanto. As estações passaram e no outono, as hordas de Kervok finalmente chegaram. Foi uma guerra sangrenta que durou 10 meses. O Rei Cyrnik percebendo que a balança da guerra pendia para o lado do mal, aliou-se a Kervok, e a partir daí começou um reinado de tirania e miséria nos reinos de Gwahlur. Somente Arton ainda resistia, mesmo que tenuemente, ao flagelo do terror. O Rei Rurik lutava bravamente, mas começava a perceber que era uma guerra perdida. A Rainha Etienne estava grávida de 7 meses. Secretamente, o Rei mandou a Rainha para a floresta aos cuidados de seu melhor amigo e conselheiro Aryas. Rurik foi morto por Cyrnik, que finalmente conquistara o reino de Arton. Etienne foi dada como morta durante a batalha, pois ninguém sabia do estratagema do Rei Rurik. Cyrnik então apossou-se de Arton e Khubar, mas respondia os seus atos a Kervok, o soberano supremo do mal.
Ao dar a luz a Princesa, a Rainha Etienne morreu. Aryas deu a Princesa o nome de Tathyenne. Aryas era viúvo e não tinha filhos. Era um grande guerreiro. Manuseava como poucos espadas, adagas e machados. A Princesa cresceu acreditando ser filha dele. Aryas foi morto num ataque a sua casa, comandado por Baltur, general de Cyrnik. Tathyenne tinha 12 anos e estava na floresta aprendendo a caçar quando Aryas morreu. Ao voltar, tudo o que viu foi sangue e destruição. Desesperada, embrenhou-se na floresta e escondeu-se. Ficou lá, faminta e sozinha por 5 dias. Quando estava fraca demais para sequer abrir os olhos, foi encontrada por um elfo caçador. O caçador a levou para a cidade dos elfos que ficava em cima de uma grande montanha. Lá aperfeiçou sua perícia com armas e aprendeu a manejar arco e flecha, habilidade na qual os elfos são mestres. Além disso aprendeu a usar o poder das plantas, tanto para curar como para criar feitiços e venenos. Durante 7 anos ficou na cidade dos elfos, onde percebeu que tinha alguma facilidade com a magia. Ficou conhecida entre os elfos como Maryell. Decidiu então, que era hora de partir e procurar o assassino de seu pai.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

História

Havia um tempo em que a prosperidade abundava no grande continente de Gwahlur. Nas suas densas matas, animais domésticos e selvagens viviam juntos. Nas cidades, vilarejos e florestas, anões, elfos, ogros e, é claro, humanos, coexistiam em perfeita harmonia. O respeito mútuo era mantido e o comércio prosperava. Existia o Grande Coclave que era formado pelos líderes das 3 principais raças existentes. Os ogros não tinham líder, pois não se sujeitavam a seguir regras pré-estabelecidas, e não tinham a mesma capacidade de discernimento dos outros povos. Eles reuniam-se uma vez ao ano para reafirmar o tratado de paz e formalizar novos tratados. O representante do povo anão era o poderoso Rei Wyr Thorngrid, dos elfos era o Rei Midronn, o justo e dos humanos era o Imperador Borya, o destemido. Neste contexto histórico, existia um reino chamado Arton. O seu soberano chamava-se Rurik. Rurik era um líder justo, generoso e corajoso e era casado com Etienne, uma linda rainha. Etienne tinha uma origem aristocrática e seu pai, o astuto Rei Cyrnik era um soberano muito carismático. Era um rei já bastante idoso e sua influência em questões diplomáticas era reconhecida. Sempre que existia alguma pendenga, era chamado para ser o conciliador entre as partes envolvidas. Cyrnik tinha tanta influência junto ao Grande Imperador Borya, que este havia dado um reino para seu genro governar. O Rei Cyrnik era muito ambicioso, mas não tinha um grande apelo popular. Os impostos eram altos, e frequentemente entrava em conflitos bélicos a fim de conquistar novos reinos. Nesta época já se ouvia falar de um grande mal que assolava os continentes mais distantes. Kervok era o nome deste mal e era sinônimo de morte e destruição. Kervok habitava um mundo subterrâneo chamado Abaddom e lá ele ficou por muitos anos. Durante esse tempo, invocou o demônio Ayperos que lhe deu poderes malignos em troca de sua alma. O reinado de Kervok passou a ser de terror absoluto. Suas vontades eram sempre satisfeitas, não importando o custo para tal.

domingo, 4 de abril de 2010

Guerreira

Segundo uma antiga lenda (cerca de 15.000 anos atrás) havia uma linda guerreira, com a pele morena, cabelos negros como ébano e olhos cor de mel, que aliava a sua beleza mortal e sensualidade com sua habilidade de combate. Os antigos escribas relatavam que quem cruzasse o seu caminho era arrebatado por sua estonteante beleza e tudo fazia para ser seu escravo e amante, ou, com o intuito de dominá-la a desafiava para duelos que nunca conseguiam vencer, pois sua habilidade nas artes marciais e no manejo de sua espada sangrenta eram lendárias. Os poucos que ela deixava viver para narrar seus feitos, a descreviam com um olhar frio e penetrante, mas ao mesmo tempo meigo e infantil. Muitos anos se passaram, inúmeras batalhas e guerras foram vencidas e centenas de guerreiros foram abatidos sem piedade. Em um entardecer, após mais uma de suas batalhas, estava a guerreira a comemorar em uma taberna regada a vinho, quando entra um bárbaro ruivo, certamente vindo das terras de gelo do norte. Sua alvura contrastava com o ambiente. Por um momento o tempo parou e todos ficaram a encarar o forasteiro. O bárbaro sentou-se em uma cadeira ao lado da porta e, com cara de poucos amigos pediu um caneco de cerveja. O ambiente era repleto de guerreiros em mesas, contando vantagens de suas proezas e cercados de belas mulheres que certamente acreditariam em tudo o que contassem, por um punhado de moedas de ouro. Ao fundo, o taberneiro tudo olhava e controlava, pois era sabido que não gostava de forasteiros. Então, o olhar do taberneiro cruzou com o do guerreiro do norte, que nunca vira antes e um arrepio passou pelo seu corpo obeso e suado. Parecia ter visto a face da morte em pessoa. O tempo passou e a bebida começou a mostrar sua influência na taberna. Um grupo de três mercenários que estavam sentados em fente à guerreira, já muito entorpecidos pela bebida, falavam gracejos em sua direção e riam. A guerreira nada fazia, apenas sorvia seu vinho e ignorava-os. Após algum tempo, os mercenários decidiram que ela deveria ser a sua companhia da noite. Levantaram e, ao chegar em sua mesa ,foram logo tentado agarrá-la a força e levá-la para os quartos de cima da taberna. A guerreira, de maneira quase imperceptível, puxou sua espada sangrenta de sua cintura e amputou a mão direita do primeiro. O grito do mercenário ecoou por todo o ambiente. O segundo logo desembainhou sua espada e tentou acertá-la na altura da cintura, mas com um rápido movimento ela desviou e lançou uma adaga direto no olho esquerdo dele, perfurando-o por completo. O alvoroço tomou conta do lugar. O terceiro mercenário abraçou seu colega ferido no olho e, juntamente com o mercenário amputado se puseram a correr, gritando que esta megera estava com os dias contados e eles voltariam para a sua vingança. Enquanto isso, na mesa ao lado da porta, o bárbaro do norte, impassível, pedia outro caneco de cerveja.

quarta-feira, 24 de março de 2010

ENFIM...

Enfim depois de décadas o CANTO IN VERSO está no ar!
O Blog trará algumas percepções minhas sobre qualquer coisa que eu ache interessante dividir com os leitores e amigos. Espero que vocês, apesar de mais idosos depois de tanto tempo de espera, ainda estejam lúcidos o suficiente para interagir comigo.
Gostaria de dedicar a (re)abertura do Blog ao meu amigo Guigui, que tenazmente conseguiu reativá-lo. Valeu Guigui!

Até a próxima!